O mel é um produto natural de abelhas obtido a partir do néctar das flores (mel floral), de secreções de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de partes vivas das plantas (mel de melato) [1].
Dos produtos fornecidos pelas abelhas, o mel é sem dúvida o mais conhecido e difundido. Foi um dos primeiros alimentos do homem e praticamente todas as civilizações antigas o utilizaram como alimento e recurso medicinal [2].
O mel é extremamente rico em vitaminas, minerais, compostos fenólicos e enzimas. É utilizado em todo o mundo, não só pela sua propriedade adoçante, mas também como promotor de saúde. Os consumidores em geral consideram o mel uma fonte natural de saúde devido às suas qualidades terapêuticas tais como: atividade antimicrobiana, protetor de doenças gastrointestinais, propriedades antioxidantes, propriedades prebióticas, além de ser uma boa fonte de energia. No entanto, vale salientar que a sua composição e propriedades biológicas variam de acordo com a fonte floral. Estudos sugerem que sua cor e sabor estão diretamente relacionados com a espécie botânica, natureza do solo, raça das abelhas, estado fisiológico da colônia, estado de maturação do mel e condições climáticas [3].
As principais propriedades medicinais do mel podem ser classificadas como a seguir:
Estudos científicos apontam sua capacidade de cicatrização validando sua eficácia como promotor de reparo de feridas e agindo inclusive como um agente bactericida contra bactérias patogênicas [4].
Pode ser utilizado para diversos problemas bucais. Já existem comprovações que o consumo de mel melhora a halitose devido à sua forte atividade antibacteriana resultante de seu componente metilglioxal. Também pode ser aplicado para a prevenção de placa dentária, gengivite e úlceras na boca [4].
O consumo de mel auxilia nas condições de refluxo uma vez que pode revestir o esôfago e o estômago, impedindo assim o fluxo ascendente de alimentos e suco gástrico [5].
Sua ingestão também mostrou uma significativa redução de fatores de risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. O mel apresenta efeitos cardioprotetores, como vasodilatação, equilíbrio da homeostase vascular e melhorias no perfil lipídico. Seus flavonoides reduzem a capacidade das plaquetas em formar coágulos, previnem a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), aumentam as lipoproteínas de alta densidade (HDL), além de melhorar funções endoteliais [5].
Atividade de cicatrização de feridas
Ação Odontológica
Atividade Gástrica
Atividade Metabólica
Referências:
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R.A. Silva, Composição e propriedades terapêuticas do mel de abelha, Journal food and agriculture, 2006, v. 17 (1), 113-120.
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B.X. Abreu, Avaliação físico-químico e microbiológica de méis não inspecionados comercializados no Estado do Rio de Janeiro, 2003, Monografia, Rio de Janeiro.
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M.G.R. CAMPOS, Contribuição para o estudo do mel, pólen, geleia real e própolis, Bol. Fac, Farm. Coimbra, 1987, v11(2), 17-47.
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V.R. Paspuleti et al, Honey, Propolis, and Royal Jelly: A Comprehensive Review of Their Biological Actions and Health Benefits, Oxidative Medicine and Cellular Longevity, 2017, v. 17, 1-21.
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A.L.S. Escobar, Phytotherapic properties of honey bees, Advances in Nutrition, 2013, v. 2(1), 32–50.