top of page
propolis inatura verde.JPG

A própolis é um dos produtos mais fascinantes das abelhas Apis melífera L

Estas abelhas usam própolis não só para proteger suas colmeias, mas também como antisséptico para proteger larvas de abelhas, reservas e favos de mel de infecções.

Por conter resinas de origem vegetal, a composição da própolis é diretamente dependente da flora em volta das colmeias.

A própolis verde tem como principal fonte vegetal o arbusto da família Asteraceae: Baccharis dracunculifolia (Alecrim-do-campo), e este tipo de própolis, e / ou seus constituintes ativos, exercem ações biológicas potentes.

O diferencial da própolis verde, produzida em terras mineiras, está na presença de um destes componentes químicos, o artepillin-C.

As colmeias da Prov-Mel se encontram em regiões mineiras fartas desta vegetação contribuindo para o enriquecimento de seus produtos apícolas. Além disso, a empresa Prov-Mel possui o selo do SIF (Sistema de Inspeção Federal) e trabalha em parceria com profissionais da área científica buscando melhorar e inovar seus produtos.

Própolis: Entenda a importância desta resina para as abelhas

Prop2.jpg

Como é bastante descrito, em todos os meios científicos e de comunicação, própolis, resina natural coletada pelas abelhas, além de ser responsável pela assepsia, impermeabilização, isolamento térmico, vedação e proteção da colmeia apresenta uma vasta prevenção de possíveis epidemias protegendo a colmeia contra a entrada de correntes de ar, de predadores e de microrganismos a fim de evitar a contaminação bacteriana, pois além de higienizar a colmeia, evita a putrefação de animais mortos. É útil que esta ação não se dê somente pelo contato, mas também pelo ar, ou seja, os óleos voláteis das resinas mantêm o ar dentro da colmeia asséptico. Devido ao conjunto de todos estes fatores, suas propriedades antimicrobianas são utilizadas com diversas finalidades. A própolis de diferentes locais sempre demonstra atividade biológica considerável  e devido a a diversidade química de diferentes tipos de própolis também tem o potencial de fornecer pistas valiosas para descoberta de novos compostos biologicamente ativos com importantes efeitos farmacológicos.

De acordo com Bankova et al. [1], relacionar os constituintes químicos da própolis com a atividade biológica permite a padronização da sua aplicação. Kumazawa et al. [2], relatam que diferenças na composição química da própolis de diferentes fontes alteram o espectro da sua atividade biológica. Alguns estudos foram realizados correlacionando a composição química com a atividade biológica.

Em que áreas a própolis apresenta mais aplicações?

A própolis vem ganhando cada vez mais popularidade como suplemento alimentar saudável, e tem sido amplamente utilizada em alimentos e bebidas atuando assim como elemento funcional para melhorar a saúde e prevenir inflamações, doenças cardíacas, diabetes e até mesmo o câncer. Tem sido amplamente utilizado na medicina tradicional para tratamento de feridas e queimaduras. Alguns estudos recentes sugeriram que a própolis pode ser usada em medicina e odontologia e pesquisas recentes comprovam as propriedades terapêuticas da própolis, dentre as mais mencionadas estão as atividades antimicrobianas, anti-inflamatórias, anestésicas, antioxidantes, anti-câncer, anti-HIV e anti-cariogênica. Estas propriedades fazem com que a própolis encontre numerosas aplicações nas indústrias farmacêuticas e alimentícias.

Atividade antibacteriana

Própolis tem efeitos significativos para saúde humana e vem sendo utilizada em diversos propósitos. Atualmente vem sendo utilizada contra bactérias tais como Enterococcus ssp, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Os extratos etanólicos de própolis são mais efetivos contra bactéria gran-positivas e demonstram efeitos limitados contra bactérias gran-negativas, porém o crescimento destas pode ser retardado com altas concentrações do extrato etanólico de própolis [3].

Atividade antiviral

Entre outros fatores, a própolis mostrou capacidade antiviral contra infecção por herpes genital (HSV-2). Os flavonóides que incluem kaempferol, acacetina, quercetina, galangina e crisina foram relatados como citotóxicos. A própolis mostrou atividade antiviral contra o vírus da influenza aviária, vírus da febre do vale do rift, vírus da doença de newcastle, vírus da doença do herpes bursal e vírus da influenza [3].

Atividade antitumoral

O efeito antitumoral da própolis deve-se à função combinada dos constituintes polifenólicos. Estes componentes, éster fenetílico do ácido cafeico  (CAPE) e artepillin- C,  encontrados na própolis verde,  foram investigados e demonstraram possuir efeitos antitumorais [3].

Atividade antiprotozoária

Atividade antiprotozoária da própolis contra muitos protozoários que causam doenças em humanos e outros animais, como giardíase [3].

Atividade anticâncer

A própolis brasileira tinha a propriedade de angiogênese, além de interromper o aumento do número de células endoteliais da veia umbilical humana. O extrato etanólico da própolis brasileira possuía a capacidade anticâncer, examinada com 1,2 dimetil-hidrazina, causando câncer de cólon em ratos.

Atividade antioxidante

Observou-se que a própolis tinha uma propriedade antioxidante devido aos seus componentes galangina e pinocembrina. Devido ao maior teor de polifenóis, o extrato aquoso de própolis foi mais eficaz que os extratos etanólicos.

Atividade hepatoprotetora

A própolis atua como um agente hepatoprotetor.  Banskota et al. [4], isolou componentes fenólicos e ácidos diterpênicos da própolis brasileira, mostrando propriedades hepatoprotetoras.

Ação na Odontologia

O uso terapêutico da própolis na odontologia tem sido investigado há bastante tempo como antimicrobiano no tratamento de doenças periodontais e cárie dentária. Demonstrou-se ainda que o ácido  cinâmico, a crisina e ácido cinâmico etiléster são componentes característicos que possuem propriedades bacterianas inibitórias contra bactérias que causam cárie dentária [5]. Tem sua aplicação no tratamento de infecções pulpares [6], como um agente reparador de tecidos cicatrização de feridas após procedimentos cirúrgicos [7], e como um agente de capeamento da polpa dentária para avaliar efeitos dessa substância sobre o processo regenerativo da polpa [8].

Atividade de cicatrização de feridas

Os componentes da própolis também têm capacidade terapêutica na reparação de tecidos e na regeneração de lesões. Isso ocorre devido às suas características imunomoduladoras, anti-inflamatórias e antimicrobianas. Observou-se também que a própolis diminui a quantidade de radicais livres na lesão inflamatória e aumenta o desenvolvimento do colágeno e seus constituintes. Acelera diferentes reações enzimáticas, metabolismo celular, circulação sanguínea e também formação de fibras colágenas, devido à presença de bioflavonóides, arginina, vitamina C, provitamina A, complexo B e alguns minerais [3].

Referências:

  1. Vassya Bankova et al; Standard methods for Apis mellifera propolis research; Journal of Apicultural Research, 2016 http://dx.doi.org/10.1080/00218839.2016.1222661.

  2. Kumazawa, S., Yoneda, M., Shibata, I., Kanaeda, J., Hamasaka, T., & Nakayama, T. (2003). Direct evidence for the plant origin of Brazilian propolis by the observation of honey bee behavior and phytochemical analysis. Chemical & Pharmaceutical Bulletin, 51, 740–742. doi:10.1248/cpb.51.740

  3. Syed Ishtiaq Anjum et al; Saudi Journal of Biological Sciences; njum, S.I., et al. Composition and functional properties of propolis (bee glue): A review. Saudi Journal of Biological Sciences (2018),https://doi.org/10.1016/j.sjbs.2018.08.013

  4. Banskota et al, Hepatoprotective and anti-Helicobacter pylori activities of constituents from Brazilian própolis. Phytomedicine 8,16-23.2001.

  5. Ikeno K., Ikeno T. and Miyazawa C. (1991), Effects of propolis on dental caries in rats. Caries Res. 25. 347-351.

  6. Gafar M.. Sacalus A.. David N. and David. E. (1986), Treatment of simple pulp gangrene with the apither- apy product propolis. Stomatologie 33, 115-117.

  7. Magro Filho O. and Carvalho A. C. P. (1994), Topical effect of propolis in the repair of sulcoplasties by the modified kazanjian technique. J Nihon Univ. Sch. Dent. 36, 102-111.

  8. Walter A. Bretz, D. J. Chiego, Jr.b, M. C. Marcucci, I. Cunha, A. Custódiod, L. G. Schneider, Preliminary Report on the Effects of Propolis on Wound Healing in the Dental Pulp; 0939-5075/98/1100-1045 $ 06.00 © 1998 Verlag der Zeitschrift für Naturforschung, Tübingen • www.znaturforsch.com

bottom of page